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ARTERIOGRAFIA / ANGIOGRAFIA

A  arteriografia ou angiografia é um exame que utiliza contraste e que permite visualizar a luz  (parte interna da artéria, onde circula o sangue), das mais diversas artérias de todo o organismo. Este exame pode diagnosticar e avaliar a gravidade de doenças que acometem as artérias, como a aterosclerose, aneurismas e má formações.

A arteriografia poderá ser realizada na aorta (em suas três porções: ascendente, torácica e abdominal), artérias cerebrais (carótidas, vertebrais e seus ramos) e nas  artérias periféricas (renais, mesentéricas e dos membros inferiores). A arteriografia poderá ser eletiva (programada) ou realizada de forma emergencial (por exemplo em uma dissecção aguda da artéria aorta).

Como é feita?
A arteriografia  geralmente  é  realizado apenas com uma anestesia no local aonde é introduzido o cateter , no entanto, poderá ser realizado sob anestesia geral de curta duração. O exame é realizado em um local apropriado, chamado de laboratório de hemodinâmica, o qual é aparelhado com todos os equipamentos e as medicações necessárias para a realização do exame com segurança. Geralmente a equipe é composta por um médico , uma enfermeira e um técnico especializado.

Com o paciente deitado em uma maca um cateter é introduzido por uma artéria periférica (geralmente a artéria femural na virilha) e é conduzido até as artérias que serão estudadas com o exame.

Terminado o exame é feito um curativo compressivo no local da punção arterial. É necessário que o paciente fique internado para observação de possíveis complicações no local da punção, como por exemplo, sangramentos.

Indicações
Arteriografia eletiva: indicada  principalmente para o diagnóstico e avaliação da gravidade da aterosclerose em diversos nos territórios arteriais, como: artérias cerebrais (doença vascular cerebral), aorta e as artérias periféricas (mesentéricas, renais e dos membros inferiores). Outras indicações da arteriografia inculem a investigação de aneursimas e má formações arteriais.

Arteriografia de emergência: indicada para doenças agudas que acometem as artérias , como a dissecção aórtica aguda , as embolias (coágulos provenientes de outros locais , que entopem as artérias) ou as tromboses (formação de um coágulo em uma placa de gordura na parede da artéria , obstruindo-a gravemente).

Riscos
As complicações mais comuns são: reações alérgicas ao contraste, sangramentos no local da punção (podendo ocorrer a formação de um hematoma ou levar a uma anemia aguda), reação vaso-vagal (queda da pressão arterial acompanhada de sudorese e palidez) e disfunção renal induzida pelo contraste. Complicações graves são muito raras.

ANGIOPLASTIA DE MEMBROS INFERIORES

O que é?
A angioplastia de membros inferiores é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo para desobstrução das artérias das pernas, realizado por meio de uma punção na pele com o uso de cateteres  e próteses endovasculares.

Quando é indicada?
Essa modalidade de tratamento pode ser utilizada em pacientes cujo tratamento clínico não é capaz de controlar os sintomas de claudicação dos membros inferiores.

Esse sintoma é definido como uma sensação de peso, dor ou queimação na musculatura da panturrilha (“batata da perna”), ao caminhar ou subir um aclive , costumando aliviar com o repouso. A angioplastia das artérias dos membros inferiores, ao melhorar a irrigação das pernas, pode também contribuir para minimizar os riscos de outras complicações, como a trombose, gangrena e amputação.

O estreitamento das artérias periféricas dos membros inferiores por aterosclerose (placas de gordura) é a principal indicação para a realização desse procedimento. É importante que a anatomia do estreitamento seja favorável para essa forma de tratamento. O objetivo do tratamento é diminuir a isquemia (diminuição da irrigação sanguínea) do membro inferior afetado.

Como funciona?
O procedimento da angioplastia de membros inferiores é realizado com imagens radioscópicas, na mesma sala cirúrgica onde são realizados as angiografias diagnósticas. É feita uma punção na pele para a realização do procedimento localizada na virilha.

Um fino cateter com um pequeno balão na ponta é introduzido através da punção. Este cateter balão segue até o local da obstrução e uma vez posicionado, é inflado e esvaziado algumas vezes. Isto comprime a placa desobstruindo a artéria e normalizando o fluxo sanguíneo. Uma vez esvaziado, o balão é retirado.

Na maioria dos casos, a angioplastia de membros inferiores é realizada com o implante de stent, uma estrutura tubular metálica flexível e expansível que vem montado e compactado em cima do cateter balão de angioplastia. Após o posicionamento do stent no local da obstrução, o balão é inflado, expandindo o stent, o qual fica aberto impactado na parede da artéria, esmagando a placa de gordura. A chance de o paciente ter um entupimento no mesmo local que foi tratado com a angioplastia é bem menor quando os stents são utilizados.

Preparo
O preparo para o procedimento, como medicação a ser suspensa, tempo de jejum e necessidade de internação prévia serão passados no momento do agendamento.

Cuidados pós-procedimento
Após o procedimento, o local onde foi feita a punção será comprimido por aproximadamente dez minutos e uma faixa será colocada ao redor de toda a perna na altura da virilha para evitar que o paciente tenha sangramento pelo local da punção, ficando 24 horas com a faixa após o procedimento. Consulte seu médico sobre o uso de seladores hemostáticos, que reduzem o tempo de uso da faixa, dando mais conforto.

Você estará conectado a um monitor cardíaco e a um acesso venoso por algumas horas, seu pulso, sua pressão sanguínea e o local da inserção dos cateteres serão verificados frequentemente. Você precisará ficar deitado com a perna imóvel durante 6 horas após a remoção do introdutor. Normalmente, após 24 horas de UTI você passará par o quarto, onde poderá repousar e preparar-se para a alta no dia seguinte.

Alguns cuidados devem ser tomados para evitar complicações nas angioplastias, se o acesso for pela fêmural ou virilha nos próximos sete dias após o procedimento: evitar subir escadas, não carregar peso e não dirigir.

Consulte o médico se tiver falta de ar, dor, inchaço, vermelhidão, sangramento ou vazamento no local da inserção; dor, frio ou cor azulada no braço ou na perna onde o cateter foi inserido; perceber sangue na urina, fezes escuras ou qualquer outro sangramento.

ANGIOPLASTIA DE CARÓTIDAS

Doença da artéria carótida é um problema comum e uma das principais causas de acidente vascular cerebral. Os pacientes com maior risco de desenvolver a doença da artéria carótida e acidente vascular cerebral são aqueles que têm doença aterosclerótica da artéria coronária ou história familiar de doença cardíaca e/ou acidente vascular cerebral. O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi), mais conhecido como ”derrame”, acomete mais de 100.000 indivíduos por ano no Brasil, e é hoje a primeira causa de morte neste país.

Esta doença é causada pelos mesmos fatores que contribuem para a doença aterosclerótica da artéria coronária, mas tende a se desenvolver mais tarde na vida. Menos de 1% dos adultos na faixa dos 50 anos têm redução significativa de suas artérias carótidas. Mas, 10% dos adultos na faixa dos 80 anos têm um estreitamento importante.

A aterosclerose não pode ser evitada completamente, mas a progressão da doença pode ser retardado ou o risco de desenvolvimento de aterosclerose pode ser reduzida por meio de alterações no estilo de vida e dieta. As melhores medidas preventivas são exercícios regularmente, comer uma dieta baixa em colesterol e gordura saturada, e manter um peso saudável. Uma classe de drogas chamadas estatinas podem reduzir a quantidade de colesterol na corrente sanguínea e pode limitar o crescimento de placas.


Sintomas:
Muitas pessoas com doença da artéria carótida não têm sintomas. Nem todo mundo que tem um acidente vascular cerebral devido à doença da artéria carótida apresenta anteriormente um sinal de alerta, que é conhecido como ataque isquêmico transitório (AIT). Infelizmente, um acidente vascular cerebral é muitas vezes o primeiro sintoma de arteriosclerose carotídea.

Os Sintomas Clássicos do AIT são:
• Perda parcial de visão em um dos olhos;
• Fraqueza, formigamento ou dormência que vem sem causa aparente em um lado do corpo ou em um braço ou perna;
• Perda temporária do controle de movimento em um braço ou perna;
• Incapacidade de pronunciar palavras ou falar claramente.

Estes sintomas de aviso duram poucos minutos, e passam sem deixar sequelas. Eles devem sempre ser considerados como potencialmente graves e devem ser prontamente comunicados ao médico. Estes são também sintomas indicativos de um acidente vascular cerebral caso a sua duração seja maior do que um intervalo de algumas horas.

Causas e Fatores de Riscos
A aterosclerose é causa de muitas das doenças arteriais, incluindo a doença da artéria carótida.
Com a idade, os depósitos de gordura (placas ateroscleróticas) crescem para o interior das paredes das artérias, levando ao estreitamento da luz desses vasos. Este processo ocorre progressivamente em diferentes graus em muitas das artérias principais do organismo.

Fatores de risco para a doença aterosclerótica carotídea são:
• Hábito de fumar (tabagismo);
• Pressão arterial elevada (hipertensão);
• Diabetes;
• Pessoas que são do sexo masculino;
• História familiar de aterosclerose;
• Idade avançada.

Diagnóstico: 
Para o diagnóstico da doença arterial carotídea, o médico deve avaliar cuidadosamente os sintomas e sinais clínicos do paciente.
Com o uso de um estetoscópio (aparelho utilizado para ouvir os sons do organismo) o médico pode ouvir as artérias carótidas de ambos os lados do pescoço para detectar um "sopro" ou som "sibilante" causado por fluxo sanguíneo turbulento numa artéria carótida estreitada. Medição da pressão arterial em ambos os braços também é uma parte importante da avaliação de doença da artéria carótida para detectar possível estreitamento em outros ramos dos vasos sanguíneos.

Sendo assim, os pacientes portadores de fatores de risco ou aqueles que apresentam sinais ou sintomas de doença carotídea devem realizar uma investigação mais acentuada para avaliar o grau da doença.

Os Exames Diagnósticos Utilizados são:
•Ultrassom doppler de carótida (exame de fácil acesso e baixo custo);
•Tomografia computadorizada (TC);
•Ressonância magnética (RM);
•Arteriografia.

ANEURISMA DE ARTÉRIA AORTA

 A Aorta Abdominal é a maior artéria do nosso corpo. A aorta vem do coração formando um arco que viaja para baixo através do tórax e região abdominal. Os aneurismas podem se desenvolver em qualquer lugar do corpo, ao longo de seu comprimento, mas são mais comuns na seção de passagem através do abdômen, o restante pode ocorrer na seção peito.

O aneurisma da aorta abdominal é uma doença degenerativa que se não descoberta precocemente pode levar até a morte. Quanto mais cedo for diagnosticado maior é a chance de cura.

O Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) é uma doença que pode ser fatal. A dilatação da aorta pode causar a sua ruptura, causando uma hemorragia interna muito severa, estado de choque ou até a morte. É a terceira causa de morte súbita em homens acima dos 60 anos nos Estados Unidos. No Brasil, não há dados da real incidência dos AAAs.

Quais os tratamentos para o Aneurisma da Aorta Abdominal e qual o tratamento mais indicado?

A cirurgia endovascular, vem sendo muito utilizada no mundo todo, é uma cirurgia menos invasiva e seus resultados são mais rápidos que o procedimento convenional.

Essa técnica endovascular é indicada a pessoas que não podem fazer cirurgia com cortes por motivos de saúde. O procedimento é realizado por meio de duas pequenas incisões na virilha, sem necessidade de abrir o abdômen, isso reduz o risco de mortalidade e outras complicações mais graves como cardiopulmonares e renais são menos frequentes no procedimento endovascular.

Também existe o método convencional, onde o tratamento da Aorta Abdominal depende das características do aneurisma. Um médico especialista avaliará e dirá qual o melhor tratamento. A cirurgia convencional é um procedimento seguro e com o resultado positivo. As desvantagens do tratamento cirúrgico são: a abertura no abdômen, a anestesia geral, o risco da necessidade de transfusão de sangue e a permanência no CTI (Centro de Terapia Intensiva) por um período maior e a volta às atividades normais do dia-a-dia também pode demorar mais.

Quais são os sintomas do Aneurisma da Aorta Abdominal?
O aneurisma da aorta, normalmente, não apresenta  nenhum  sintoma e só é detectado com a morte súbita por ruptura, por isso a necessidade de exames de rotina.

Caso a pessoa seja mais magra é possível sentir que existe alguma pulsação fora do comum ao colocar a mão sobre o abdômen. Um médico especialista pode detectar essa pulsação com mais facilidade. Se houver muita gordura o médico precisará solicitar alguns exames.

Causas da Aneurisma da Aorta Abdominal?
A causa deste tipo de aneurisma ainda é desconhecida, mas os fatores de maior risco ainda está ligados aos vícios e hábitos alimentares, que podem colaborar no desenvolvimento de um aneurisma da aorta, além disso a aneurisma é mais comum entre os homens, conheça algumas causas:

• Fumo / tabagismo
• Pressão alta
• Colesterol alto
• Efisema
• Obesidade
• Alcoolismo
• Gastrite
• Mais frequente no sexo masculino
• Fatores genéticos

Exames para identificar a Aneurisma da Aorta Abdominal
Em um exame de rotina seu médio poderá identificar alterações que possam avaliar a quantidade de massa abdominal ou abdômen duro e até mesmo uma pulsação diferente na região do abdômen. Com estas avaliações em consultório o médico poderá encaminhá-lo para realizar exames mais detalhados como: ultrassom abdominal ou tomografia computadorizada do abdômen.

Através destes exames será possível avaliar se realmente existe um quadro de aneurisma da Aorta Abdominal em desenvolvimento e que possa complicar a saúde do paciente.

Se você está acima do peso, sente seu abdômen pulsar, ou se ele está muito rígido, procure um médico especialista no assunto para fazer uma avaliação.

Além do Aneurisma de aorta abdominal que é o mais comum, existem diversos outros de acordo com a localização dele na artéria aorta.  

QUIMIOEMBOLIZAÇÃO

O fígado é um órgão onde comumente se desenvolvem alguns tipos de tumores malignos que quando se diagnosticam comumente não podem ser extirpados. A quimioembolização é um procedimento muito simples que permite melhorar a qualidade de vida e em alguns casos prolongar a sobrevida destes pacientes.

DRENAGEM BILIAR

A via biliar é o conduto pelo qual a bile (um líquido verde/amarelo) é levada do fígado para o intestino. Em determinadas circunstâncias esse conduto pode ficar obstruído (por cálculos, tumores, etc.) e a bile fica acumulada dentro do fígado. Os pacientes ficam amarelos (icterícia) e podem ter infecções graves (colangite). Esta situação pode ser resolvida de forma muito simples fazendo uma drenagem percutânea para esvaziar externamente a bile e desobstruindo os canais biliares.