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CATETERISMO CARDÍACO

Procedimento indicado para homens a partir dos 40 anos e mulheres a partir dos 45 anos, o cateterismo cardíaco é um procedimento invasivo para verificar a presença de entupimento (obstrução nas artérias do coração coronárias), além do funcionamento das válvulas e do músculo cardíaco.

Pode ser realizado por punção de uma artéria na região da virilha (mais frequente), no braço ao nível do cotovelo ou pelo punho (via radial), onde um cateter fino e longo é introduzido dentro do vaso sanguíneo até o coração, sob anestesia local, podendo ser utilizado sedação em casos selecionados. Pelo cateter, é injetado contraste à base de iodo, que permitirá a visualização, através de raios-X, dos vasos do coração e cavidades. As imagens são registradas em tecnologia digital e gravadas em CD.

O exame dura em média de 30 minutos a 1 hora, incluindo o preparo, e é realizado por uma equipe de médicos cardiologistas com área de atuação em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista e o com suporte de equipe de enfermagem capacitada.

 

IMPLANTE DE MARCAPASSO

Os marca-passos cardíacos são pequenos dispositivos implantáveis, capazes de monitorar o ritmo cardíaco e estimular o coração, impedindo que a frequência cardíaca se reduza abaixo de determinados limites. Atualmente, existem muitos modelos diferentes de marca-passos aplicáveis para cada tipo de paciente.

Os marca-passos convencionais evoluíram muito nos últimos anos, incorporando funções capazes de devolver ao paciente uma condição de vida muito semelhante à do indivíduo normal. Para que o paciente se beneficie de todos os recursos disponíveis, é necessário realizar periodicamente a programação do marca-passo.

O procedimento é realizado com anestesia (sedação endovenosa) para que o implante seja totalmente indolor. As salas de cirurgia são isoladas, o ar é bacteriologicamente filtrado e o fluxo é laminar, praticamente eliminando o risco de infecções. Durante a cirurgia, são implantados eletrodos especiais no coração, que chegam até o marca-passo pelas veias.

Os eletrodos são posicionados em locais pré-definidos e guiados pelo equipamento de Raios X. O número de eletrodos implantados depende de cada caso e é definido pelo médico, que vai implantá-lo juntamente com o médico clínico.

O marca-passo é conectado aos eletrodos já implantados e testados, ficando sob a pele, geralmente na região subclavicular direita ou esquerda. A pequena abertura na pele é fechada por pontos intradérmicos reabsorvíveis, dispensa a necessidade da retirada de pontos e deixa uma cicatriz quase invisível.

ABLAÇÃO CARDÍACA

A ablação cardíaca é uma forma de tratamento para casos de arritmias cardíacas ocasionadas por alterações nos impulsos gerados pelas câmaras superiores do coração (átrios), condição cardíaca conhecida como fibrilação atrial.

Durante o procedimento da ablação é realizada a cauterização dos focos da arritmia cardíaca. É minimamente invasivo e feito em local apropriado para cateterismos (sala hemodinâmica). Nele o especialista insere um cateter com o objetivo de alcançar o local acometido pela arritmia. Ao atingir o ponto ideal, são utilizadas técnicas de radiofrequência (ou por crioablação) que eliminam as células causadoras da alteração na frequência cardíaca do paciente.

Além disso, a ablação visa promover o isolamento das veias pulmonares do átrio esquerdo( berço da maioria dos casos de fibrilação atrial) a fim de evitar que o problema persista e, dessa forma, passe a causar outros danos à saúde do paciente.

Quando a ablação cardíaca é indicada?
Na maioria das vezes os pacientes diagnosticados com fibrilação atrial apresentam sintomas que já representam fortes indícios de irregularidades cardíacas, tais como:

• Fadiga;
• Desequilíbrio;
• Vertigem;
• Falta de ar;
• Dores na região do tórax;
• Capacidade reduzida de realizar esforço físico;
• Desmaios, entre outros.

No entanto, existem também casos de pacientes acometidos pela arritmia cardíaca que não apresentam nenhum alerta clínico ou sintoma e são diagnosticados com fibrilação atrial por meio de exame físico ou eletrocardiograma. De qualquer modo, é uma condição de saúde bastante séria e merece o tratamento adequado.

A ablação é uma conduta indicada pelos especialistas para a grande maioria dos casos de fibrilação atrial, devido, principalmente, representar um tratamento definitivo para boa parte das pessoas acometidas, podendo até eliminar a necessidade de o paciente continuar um tratamento paliativo por meio de medicamentos. Contudo, a ablação é, principalmente, indicada nos casos em que:

• O paciente apresenta intolerância ou restrição médica aos medicamentos indicados para o tratamento da arritmia cardíaca;
• Quando os remédios prescritos previamente pelo cardiologista não se demonstram eficientes para o controle da fibrilação atrial, ou
• Casos nos quais o paciente apresenta uma atividade elétrica anormal no coração, podendo agravar o quadro clínico, levando ao aumento do risco de uma parada cardíaca.

Além disso, a ablação ainda previne o surgimento de efeitos colaterais dos medicamentos, como pode ocorrer em pacientes que realizam o tratamento da fibrilação atrial por meio de medicamentos de uso prolongado. Ela representa a cura para a arritmia cardíaca em até 80% dos casos, sendo muito possível que o paciente não precise mais utilizar medicamentos para o controle do ritmo cardíaco, dependendo do caso.

ANGIOPLASTIA CORONÁRIA

A Angioplastia Coronária ou Intervenção Coronária Percutânea é o tratamento não cirúrgico das obstruções das artérias coronárias por meio de cateter balão, com o objetivo de aumentar o fluxo de sangue para o coração. 

 Após a desobstrução da artéria coronária, por meio da angioplastia com balão, procede-se ao implante de uma prótese endovascular (para ser utilizada no interior dos vasos) conhecida como ‘stent’ - pequeno tubo de metal, semelhante a um pequeníssimo bobe de cabelo, usado para manter a artéria aberta.

Atualmente existem dois tipos de stents: os convencionais e os farmacológicos ou recobertos com drogas.

Os stents convencionais podem acarretar um processo cicatricial exacerbado que leva a restenose (reobstrução) do vaso em 10 a 20% dos casos.

Os stents farmacológicos: surgiram para evitar esse processo cicatricial, que são constituídos do mesmo material metálico acrescido de um medicamento de liberação lenta no local de implante, reduzindo-se o processo de cicatrização e evitando-se a restenose. Há necessidade do uso prolongado de aspirina e clopidogrel nos pacientes que recebem stents farmacológicos pelo pequeno risco de trombose (formação de coágulos no interior do stent).

 

Implante Percutâneo de Válvula Aórtica (TAVI)

Antigamente, em casos como os de estenose da valva aórtica, a única maneira de realizar o implante de uma valva aórtica substituta para tratar a doença era através da cirurgia cardíaca, que exige a abertura do tórax.

Hoje, porém, os pacientes podem contar com uma forma de implante minimamente invasiva para o tratamento da valva aórtica. Trata-se da abordagem percutânea (através de punção vascular sem necessidade de incisão da pele), sem a necessidade de cirurgia e frequentemente realizada apenas com sedação e anestesia local, sem necessidade de entubação oro-traqueal. O implante de TAVI é realizado pelos médicos especializados em Cardiologia Intervencionista, no setor de hemodinâmica.

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